terça-feira, 8 de março de 2011

Decepção


Eu entendo que muitas vezes para adaptar um livro para o cinema precise que a historia original sofra algumas alterações. E também sei que o filme para ficar o mais fiel possível depende muito dos roteiristas e diretor.
Peter Jackson tentou deixar a trilogia de Senhor dos Anéis o mais próximo possível do que Tolkien descreveu sobre o mundo da Terra Media e por mais bobo que as pessoas achem de Crepúsculo e sua saga também foram transportados para a telona de maneira bem fiel ao que Stephenie Meyer escreveu.
Infelizmente não foi o que aconteceu com Querido John (livro de Nicholas Sparks). Eu esperei tanto do filme e recebi tão pouco. Mudaram personagens e idéias que até agora não entendi o por que destas mudanças. Não achei os atores ruins, mas poderiam ser mais bem aproveitados. O roteiro muitas vezes mencionou algo de era de importância banalmente talvez até passando despercebido por quem assistiu ao filme. Afinal a historia não é somente sobre John e Savannah mas também sobre John e seu pai.
Para quem já viu o filme, não, John nunca foi ferido na guerra, o pai morreu de ataque do coração e não AVC. Alan o garoto autista que no filme não se parece em nada com alguém que tenha autismo é irmão de Tim e não filho...de onde tiraram isso? Alias alguém percebeu que tinha um garoto autista no filme? Alguém mencionou que o pai de John supostamente teria a doença Asperger? Não...
O momento mais dramático que a meu ver seria quando John retorna e reencontra Savannah, uma mulher que naquele momento estava sofrida sobrecarregada de trabalho duro na fazenda e responsabilidade com um marido doente no hospital. Vivendo numa casa velha onde ela e o marido vinham dando duro para arrumar tudo eles mesmos antes do câncer chegar.
No filme Savannah não expressa quase dor nenhuma pelas escolhas mal feitas. Não esta abatida pelos acontecimentos. O script e a direção falhou em deixar passar para nós a emoção final. Preferiram terminar com a morte de Tim e um abraço entre John e Savannah com um sorrinho bobo no rosto de cada um deles coisa que não aconteceu.
Foi muito mais emocionante John relatando estar escondido sob a escuridão da noite a espera dela, do seu amor apenas saindo de dentro da casa e ver se ela ainda olharia para a lua cheia como tinham combinado anos atrás e ela o fez. Eles sempre se amariam Tim até poderia vir a morrer mas naquele momento eles estavam separados. Proibidos um para o outro.
É tão difícil de relatar algo assim no cinema? Não era nenhuma super produção. Era uma historia simples de amor onde a vida resolveu atrapalhar tudo. Simples assim e bonito não precisava ter sido mudado nada.
Como eu já disse esperava mais, o filme não conseguiu me emocionar.


-- Complementando o post de hoje queria dizer que já tenho mais dois livros na fila de espera para serem lidos: o terceiro livro da série Os Imortais - Terra das Sombras de Alyson Noël e O Milagre também de Nicholas Sparks.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Querido John



Não vou dizer que não gostei do livro ao contrario, adorei sim mas deixa um sentimento amargo na boca. Talvez fosse este o proposito do escritor. Escrito numa linguagem simples de facil leitura e que deixa o leitor com vontade de seguir lendo ininterruptamente.

Mas o que eu queria dizer sobre ele é que apesar de ser apenas um livro, um romance escrito por alguém em quase tudo sempre há um fundo de verdade mesmo nas piadas mais infames ou um personagem que achamos totalmente irreal. Voce sempre vai encontrar algo parecido e com Dear John não é diferente.

Savannah no inicio se mostrava perspicaz, inteligente segura de si e casta o que fez John se apaixonar. Mas ela enfiou os pés pelas mãos. Teve medo e não conseguiu esperar por ele.

Será mesmo possivel amar duas pessoas ao mesmo tempo? Com certeza não seria com a mesma intensidade e ela trocou a paixão verdadeira pelo amor comum. Trocou um vida plena por uma mais confiavel que no final mostrou não ser tão confiavel assim.

Pior é que existem muitas pessoas que acabam fazendo isso por este ou aquele motivo. Deixam de viver plenamente e depois veem como estavam erradas talvez quando já for tarde demais.

Savannah em seu medo e dor pela distancia acabou ptando pelo que parecia mais certo. Ela sofreu duplamente com a falta de John depois com a doença do marido e ela que sempre fora tão certinha queria John de volta e ele que sempre fora safado saio de cena para não estragar um casamento.

Outra coisa que não entendi, não sei porque o escritor optou por isso: Savannah se entregou a John quando ele saiu de licença do exercito. Fizeram amor duas vezes na mesma noite e nas noites que se seguiram ela não quis mais talvez por medo de sofrer no momento em que ele embarcasse de volta a Alemanha mas não tem sentido isso.

Quando duas pessoas se amam como eles se amavam, depois do primeiro contato fisico na idade em que os homonios estão em alta dormindo na mesma cama fica quase impossivel não fazer amor de novo porque amor e sexo estão ligados. Eles se privaram disso para que?

Por mais que Savannah fosse inteligente e dedicada acabei pegando antipatia por ela. Ela mandou a carta terminando tudo, ela se casou de novo enquanto ele preferiu então continuar se realistando. E depois quando o viu de novo ela o queria mas então ela era proibida para ele com aquela aliança sempre mostrando a barreira que ela mesma impusera.

No fundo ela amava de verdade a John então porque não esperou? Ele escrevia, ele telefonava ele fez o possivel...amei a atitude dele mesmo se segurando para não correr para ela deixar o caminho livre para não desfazer um matrimonio e então foi a vez dele dizer adeus. Savannah fez como muitas pessoas fazem quando são preciptadas.

No mais já que eu contei tudo mesmo digo que vale a pena ler e se emocionar com o que John nos conta.